sexta-feira, 15 de junho de 2012

O REVOLUCIONÁRIO

Já se vão quase quatro anos de blog e nada de aparecer aqui um tributo ao carro que deu rodas ao mundo, aclamado como o "Carro do Século XX" e símbolo da pujança econômica que transformou um antigo amontoado de colônias inglesas na maior potência mundial. Claro que estamos falando do Ford T, carinhosamente apelidado de Tin Lizzie na sua terra natal (Lizzie era um nome genérico que as classes abastadas davam às serviçais, ficando o Ford T como a "Lizzie de lata") e de Ford Bigode no Brasil (por causa das alavancas do acelerador - manual - e da regulagem do avanço do distribuidor, que formavam o desenho de um bigode atrás do volante), cujos volumes chegaram a representar, em 1921, 56% da produção mundial de automóveis (não, caro leitor, você não leu errado; em 1921, metade dos carros produzidos no mundo foram Ford T!). De concepção extremamente simples e soluções originais, como o câmbio de engrenagens planetárias (que pode ser considerado o precursor das caixas automáticas), ele conseguiu o milagre de ter seu preço reduzido de US$ 850  em 1909 para meros US$ 300 em 1922 graças à enorme escala de produção alcançada por Henry Ford, mas o que marcou mesmo o carrinho foi a frase do seu criador, de que "a fábrica o oferecia em cores a escolher, desde que fosse preta!", algo verdadeiro apenas para os modelos entre 1914 e 1925. E é de 1925 o modelo da foto acima, já representativo do início da decadência do Ford Bigode, cuja produção bateu em 15 milhões em 1927, seu ano de despedida.

4 comentários:

Anônimo disse...

como sempre as melhores ideias, sao as mais simples

regi nat rock disse...

quando eu era molequinho; faz tempo, me diverti muito num desses 1926/27 por aí, de um tio que levava a molecada pra passear.

Anônimo disse...

Antes do automóvel tornar-se popular, as famílias norte-americanas usavam equinos para as tarefas de transporte. As fêmeas eram preferidas por sua docilidade, facilitando o manejo por mulheres, crianças e idosos. Como é natural, recebiam apelidos e o mais comum era "Lizzie" (de Elizabeth"). Daí surgiu o apodo "Tin Lizzie" para o modelo T que podemos traduzir para "eguinha de lata". AGB

Luís Augusto disse...

Olha só quem reapareceu!
Bem-vindo de volta, AGB!