terça-feira, 9 de outubro de 2012

UM PRECURSOR QUASE ESQUECIDO

Navegando pelo AutoEntusiastas, me deparei com a foto desse Pontiac Tempest, flagrado em 2009, me parece que no Encontro Sul-Brasileiro. Como se sabe, o Tempest poderia cair no esquecimento como apenas mais um da primeira geração de "compactos" americanos destinados a combater a invasão do Fusca e de outros europeus, mas ele merece lugar ao sol por ter originado, em sua segunda geração, o mítico GTO de 1964, que nada mais era do que um Tempest com o maior motor produzido pela Pontiac na época. O que nem todos sabem, porém, é que, além de ter originado o GTO, o Tempest lançou mão de um conceito posteriormente utilizado no Porsche 944, um quatro-cilindros que correspondia exatamente a um V8 cortado ao meio - inclusive na sua posição inclinada dentro do compartimento do motor. A diferença, entretanto, é que, enquanto a preocupação da Pontiac era com a contenção de custos para um veículo barato, a Porsche buscava o refinamento técnico para o sucessor do 924, utilizando-se de componentes do exclusivo 928. Para mais detalhes sobre esses V8 cortados, fica a sugestão do texto do sempre excelente Marco Antônio Oliveira (que, aliás, se morasse em qualquer país que valorizasse minimamente o hábito da leitura, já teria sido contratado a peso de ouro por alguma editora...).

2 comentários:

Paulo Levi disse...

Esse motor de 4 cilindros do Tempest tem bem o jeitão de um projeto meia boca feito pensando só em redução de custos. Nos tempos em que GM parecia uma potência inexpugnável, a maioria das pessoas confiava cegamente em sua engenharia (mesmo com o caso do Corvair), mas a verdade é que a empresa já fazia bastante bobagem nessa área. Vide o motor "descamisado" do Chevrolet Vega e os horríveis motores diesel oferecidos como opção no final dos anos 70.

Luís Augusto disse...

Esse motor Detroit Diesel ficou mesmo famoso...
O mais curioso é que, apesar de tantas mancadas, a GM ainda consegue ter uma legião de admiradores. Veja como o Cruze está vendendo bem, apesar de dividir o salão das concessionárias com aberrações como Agile, Spin e Cobalt e anacronismos como Celta, Prisma e Classic.
Só mesmo com uma devoção fanática à gravatinha para comprar qualquer um desses.