quinta-feira, 14 de março de 2013

QUEBRANDO OU RESGATANDO TRADIÇÕES?

Há pouco tempo, tive a oportunidade de andar no fantástico novo BMW 328 que, ao contrário do que sugere a sigla, não vem com um seis-em-linha de 2.8 litros, mas sim com o mesmo 4 cilindros do 320, porém turbocomprimido. Impressões à parte, logo veio a inevitável discussão com os amigos se a BMW fez certo em sua opção por um motor de menor cilindrada, visando atender a exigências européias e norte-americanas por menores consumo e poluição. Os saudosistas evocaram as tradições da marca, iniciada com o 328 do pós-guerra, que teve seu conceito básico copiado pela Jaguar no XK 120, passou pelos belíssimos CSL e CSi dos anos 70 e povoou o nosso imaginário com a chegada dos 325 nos anos 90 - o 318 da época era visto com algum desdém devido ao desempenho apenas suficiente do seu 1.8. Diante de tanto saudosismo, contra-argumentei que o mais puro, selvagem, desejável e belo representante de toda a série 3, o M3 original de 1985 (código E30), só era disponibilizado na versão quatro-cilindros de 200 cv, feito a partir do seis-em-linha do M1, de modo que um 328 com quatro cilindros e 245 cv seria tão-somente uma volta às origens. E que nunca seria demais lembrar que o turbocompressor do novo 328 tem tudo a ver, já que evoca o BMW 2002 Turbo de 1973, o primeiro automóvel de série a usar esse acessório. Quem não concorda, que fique com o novo 325, que manteve o seis-em-linha...

Um comentário:

Rafael Ribeiro disse...

Um BMW com 245HP não pode ser menosprezado de forma alguma, é uma máquina e tanto. Mas que o 6 cil., com 306 HP e praticamente o mesmo peso é uma usina de força, não de pode negar. Resta a cada um escolher sua preferência, de acordo com o gosto e o bolso.